quinta-feira, 15 de outubro de 2009

tomei 2 comprimidos
bebi 3 vodcas
folheei os livros
revi a fotos
escrevi em inglês
procurei no google
gravei os cds
deitei
até rezei (ou quase)

e nada
nada nadinha
nada de dormir

quinta-feira, 16 de abril de 2009

what would you do...

...if you knew you've been damaged in a way that can't be fixed?
... if you knew you already had your share of happiness?
... if you knew were empty of tears?
... if you knew that the hole inside your stomach was only getting bigger?
...if you knew no one was noticing because you're such a good liar?

sábado, 14 de fevereiro de 2009

do município de Faro

pois bem, acabou-se minha estadia na espanha. a verdade é que passou muito mais rápido do que eu queria. depois das primeiras semanas de saudade total de londres, no final já não queria mais ir embora...
pois bem, tenho que encontrar a mamãe segunda feira em lisboa. tinha portanto todo o fim de semana pra fazer algo interessante. meu último fim de semana sozinha nesta parte do mundo. meu último fim de semana antes de encontrar a mamãe e testar se a saudade conseguirá fazer com que nós passemos um mês juntas sem que eu me mate, ou mate ela..
pois bem.. eu queria ir a Évora, uma cidadezinha de portugal meio caminho entre lisboa e sevilla.. mas é claro que não havia ônibus ou trem, por que juntando-se Andaluzia e sul de Portugal dá quase um Brasil de ineficiência dos meios de transporte.
pois bem, peguei o primeiro ônibus rumo a Portugal que saia da estação de autobuses de sevilla. rumo a Faro. alguém, em algum momento já olvidado da minha viagem disse que era um lugar legal - não lembro quando ou quem -talvez isso nem tenha existido de fato.. enfim... e também Faro é a capital da região do Algarve eu já tinha visto fotos belíssimas das praias do algarve em algum lugar - não sei quando, não sei onde..
pois bem.. cheguei em Faro de tardezinha, a cidade em si é uma bela porcaria. um centro antigo mais paioso que o de Teresina, e uma praia que perde e muito pra Potycabana.. peguei o primeiro autocarro rumo a Évora ..efim..
o fato é que a tal cidade porcaria teve um certo efeito sobre mim.. depois de quase um ano foi a primeira vez que tudo ao meu redor estava escrito ou falado em português. estranho. foi uma mistura meio de nostalgia com surpresa, como se eu não estivesse esperando aquela sensação de reconhecimento num local tão longe da minha casa..
foi bom.. fazia tempo que eu não visitava um município, entrava em uma rodoviária e procurava pelo endereço de um edifício ... e tudo isso numa sexta feira, que como disse minha professora de espanhol é um jeito muito engraçado de nomear os dias da semana..

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

"- why are you telling me this?
- i wanted to be honest with you.
- what for?
- thought you deserved the truth.
- have i ever asked for the truth? actually, have i ever asked anything apart from "feel like doing something tonight?" or " what are you up to this weekend?"
- no.. just thought it was the right thing to do.
- humpf... you just messed it up here.
- what? waht's wrong with telling the truth?
- i'm off. feeling sick.
- what?
- is not fun anymore. now you have a story, friends, exes and all that stuff. a life outside this room. not interested.
- ...
- told you i didn't want to get involved.
- that was 4 months ago.
- well, it's gone now. bye."

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

pagode

sabe quando voce tem algum problema e o seu corpo tipo da sinais de qual seria a soluçao? tipo quando se sente tonto e o corpo pede algo salgado, ou quando machuca a perna e o corpo pede algo gelado...
pois e.
hoje eu estou triste. e eu sinto, bem forte dentro de mim, que a unica coisa que poderia me tirar da fossa era um pagode. daqueles de estoria de amor. nem sei se ainda se ouve pagode.. enfim..

meu reino por um pagode nesse momento.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

de como it's a small world

ate você dar o primeiro passo pra fora de casa tudo parece muito dificil, muito longe. viajar pra outra cidade já parece uma complicaçao maior do mundo e viajar pra outro país parece, definitivamente, coisa de OUTRO mundo.
mas aí você viaja. e depois viaja de novo. entao tudo parece mais perto, mais fácil, normal.
quando você passa muito tempo fora de casa, aí entao viajar é a coisa mais natural do mundo por que, afinal, você nem tem uma casa, entao, tecnicamente, está viajando 100% do tempo.
viajando você percebe - depois de passado o deslumbramento inicial causado pelo simples fato de ter saído de casa - que uma cidade é apenas uma cidade, nao um cenário permanente de filme, nao um lugar em que pelo simples fato de você estar lá coisas admiráveis, impressionantes, irao acontecer.
as vezes uma cidade é só um lugar estranho, que te assusta por que você nao conhece nada nem ninguém. entao você tem que procurar algo em que se agarrar, pra ter de volta aquela sensacao de que este ainda é o mesmo velho planeta de sempre.
é aí que você comeca a dar valor a coisas como multinacionais capitalistas. nada melhor do que um bom mc'donalds ou um burguer king ou mesmo um starbucks pra trazer de volta a sua realidade, pra fazer você respirar aliviado, reconhecendo que aquilo que entra pelos seus pulmoes é o mesmo oxigênio de sempre. pode estar nevando, pode estar calor, pode ser que todo mundo ao seu redor seja bonito, ou feio, mas no momento em que você vê o M amarelo você sabe que tudo está bem. tudo normal.
eu gosto da sensacao de que tudo está normal.
Madrid meio que estava se tornando só mais uma cidade normal, o fato de ter um burguer king do lado do albergue ajudou a criar a sensacao de reconhecimento rapidadmente. mas hoje uma coisa estranha aconteceu no meu dia. encontrei a Mag (que fazia arquitetura, se formou em direito e tal, acho que é amiga da juliana) no meio do museo del prado. do nada. olhei pra uma menina e pensei: essa tem cara de brasileira; ai olhei pra menina que estava do lado dela e pensei: nossa, indiezinha bonitinha. aí dá-se que a segunda criatura rí pra mim e diz: luana? aí eu digo: Mag?. entao.
assim é demais. choque de normalidade eu diria.
depois disso eu tive que comer no mc'donalds, precisava da sensacao de distanciamento e conforto que só uma multinacional no meio de uma cidade desconhecida pode lhe dar.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

de como ser assaltado muda sua vida

sou adepta de 2 teorias: 1 no final tudo da sempre certo; 2 eu sou mais inteligente que a maioria das pessoas.
consequência disso é que você termina por achar que nada de ruim acontece se você procede na sua vida normalmente, fazendo uso da sua inteligencia razoavel de maneira minimamente racional. no geral tenho um sentimento de que basta seguir o curso natural da vida que as coisas acontecem regular e acertadamente. tipo: basta usar o despertador pra que nunca se chegue atrasado, basta ter um cartao de credito que se pode comprar qualquer coisa, basta se ter uma estaçao de trem que se pode ir a qualquer lugar, a qualquer hora. basta fechar o ziper da bolsa que você ñao será roubado.
isso durou até a madrugada de sábado, 10/01/2009, aprox 4h da manha.
lá estava eu, sentadinha no banco do metro quase fazio, duas estaçoes antes de onde eu deveria descer. lá entraram uns caras feios e estranhos. lá eu dormi por 5minutos. acordei com o cara abrindo minha bolsa, que estava (contrariando a teoria 2 acima) rebolada do meu lado na outra cadeira. abri o olho, ele sorriu de volta, de uma maneira tao amigável que eu seriamente pensei em levantar e pedir pra ele devolver só o chip do meu celular. mas ai eu me confundi com que lingua falar, nao consegui levantar com minhas pernas de bêbada e a porta do metro abriu (uma estaçao antes da minha) e ele saiu sorrindo.
nao tinha nada de mais, só um celular de cartao, que eu brevemente teria de abandonar, um cartao de credito que eu já bloqueei e 5 euros. o de mais valioso que eu perdi foi um mapa onde eu tinha anotado todos os bares legais de barcelona, esse sim, uma perda irrecuperàvel.
o pior é que agora meio que minhas certezas se abalaram. ando com mania de perseguiçao, colocando cadeado na mochila, usando aquelas bolsinhas que se coloca dentro da calça e tal. triste, uma vida muito triste de uma pessoa que nao tem mais um bom senso que lhe permite dizer se uma situaçao é realmente perigosa ou nao.
abalada para todo o sempre.
rum
andei pensando outro dia sobre esse negocio de blog. se a frequencia com que vc escreve esta ligada ao seu nivel de carencia emocional. se a frequencia com vc os cria esta ligada ao numero de quase tentativas de suicidio. se a sua felicidade pode ser medida pelo numero de comentarios q seus textos recebem. filosofia pura.

entao aqui vou eu, novamente. um pouco de actio para a minha philos..